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2º Semestre de 2023
Início: 15/08/23
Prof. Dr. Marco Casanova
Modalidade: curso online ao vivo + gravação em vídeo
Duração: 8 aulas de 1h40 cada, totalizando 16 horas/aula
O pensamento tardio de Martin Heidegger traz consigo todo um conjunto de determinações sobre a condição contemporânea. Partindo de uma compreensão do peso inicial da tradição sobre a própria constituição de nossas possibilidades de ser, Heidegger evidencia em uma série de contextos o quanto permanecemos presos em decisões históricas que continuam promovendo as bases para os nossos projetos existenciais em geral.
Tal aprisionamento, por sua vez, se enraíza antes de tudo na incapacidade da tradição de suportar a historicidade do ser, o seu caráter de acontecimento.Metafísica da técnica, então, é a expressão para designar precisamente essa incapacidade elevada ao seu extremo. Se a tradição buscou a princípio apagar completamente a historicidade do ser em meio à busca por uma equiparação entre ser e fundamento absoluto, a técnica transforma ser em mero construto contingente das conjunturas.
Exatamente isso, como veremos, tem impactos incomensuráveis no modo do existir contemporâneo e na ampliação hoje endêmica de fenômenos como o tédio, o vazio, a precarização das relações etc. Como veremos no presente curso são esses fenômenos que condicionam a pandemia de compulsão, ansiedade e depressão que tomou conta de todos nós. O objetivo do presente curso, portanto, é compreender as estruturas de origem de certas patologias contemporâneas, acentuando o seu traço epocal indelével. Não há qualquer pré-requisito para acompanhar o curso.
Não há qualquer pré-requisito para a realização do curso.

Marco Casanova é doutor em filosofia pela UFRJ/Universidade de Tübingen, Pós-doutorado – Universidade de Freiburg, Professor Associado do Departamento de Filosofia da UERJ, Autor de O instante extraordinário: Vida, história e valor na obra de Friedrich Nietzsche (2003), Nada a caminho: Impessoalidade, niilismo e técnica no pensamento de Martin Heidegger (2006), Compreender Heidegger (2009), A eternidade frágil: Ensaio sobre temporalidade na arte (2013), A falta que Marx nos faz (2017), Mundo e historicidade I (2017) e II (2020), Tédio e tempo (2020), A persistência da Burrice (2020) e Existência e transitoriedade (2021), além de tradutor de um grande conjunto de obras de pensadores alemães como Martin Heidegger, Max Scheler, Friedrich Nietzsche, Wilhelm Dilthey entre outros.