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2º Semestre de 2023

Início: 17/08/23

Prof. Dr. Marco Casanova

Modalidade: curso online ao vivo + gravação em vídeo

Duração: 8 aulas de 1h40 cada, totalizando 16 horas/aula

​​Ser e Tempo é certamente uma das obras mais importantes, senão a mais importante do século XX. Reunindo em si as tradições da fenomenologia, da hermenêutica e da filosofia da existência, Heidegger empreende na obra algo que funciona ao mesmo tempo como uma resposta contemporânea ao problema da verdade, na mesma medida em que acentua a impossibilidade de se escapar, na consideração de tal problema, da historicidade que acompanha tudo o que é e pode ser. A obra, assim, nos fala a princípio de nossa absorção em uma capa de preconceitos historicamente constituída, assim como nos remete para uma experiência existencial capaz de promover o aparecimento de um campo de liberdade em relação a tal absorção.


Com isso, alcançamos por um lado a possibilidade de compreender o quanto nossos comportamentos em geral são estruturados de maneira normativa pela tradição, assim como descobrimos a possibilidade, por outro, de encontrar em nossa nadidade estrutural um fator de mobilização da própria historicidade. Nesse semestre, daremos prosseguimento às nossas leituras fenomenológicas de Ser e tempo a partir do parágrafo 43 e acompanharemos nesse contexto a transição do primeiro para o segundo volume da obra, mais especificamente, da analítica do cotidiano através da angústia e do cuidado em direção ao lugar da decisão antecipadora da morte na existência singular do ser-aí humano.


​​​Referências bibliográficas:

  • HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. Tradução e notas: Fausto Castilho. Campinas, São Paulo: Ed. Unicamp/Vozes, 2012.

  • HUSSERL, E. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica. São Paulo: Ideias & Letras. 2006.

  • MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. 4ª ed. Trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.

  • FOUCAULT M. (1989). La peinture de Manet. Revue des Sciences Humaines: Les Cahiers de Tunisie, 39(149-150), 61-89. (Tradução disponível como: SCACHETTI, R. E. A pintura de Manet. Visualidades, Goiânia, v. 9, n. 1, 2012. Disponível em: https://revistas.ufg.br/VISUAL/article/view/18381. Acesso em: 23 mar. 2023.)

  • ARENDT, HANNAH. Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal. Trad. José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das letras, 2013.

  • SCHURMANM, REINER. El principio de anarquía : Heidegger y el problema del actua. Traduzido por Miguel Lancho. Editora Arena Libros S.L., 2017.

  • HEIDEGGER, Martin. Seminários de Zollikon, Tradução e notas: Marco Antonio Casanova. São Paulo: Via Verita Ed. 2021.

  • RICOEUR, Paul et al. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus, 1994.

  • HEIDEGGER, Martin. A essência da liberdade humana. Tradução e notas: Marco Antonio Casanova. São Paulo: Via Verita Ed. 2012.

  • HEIDEGGER, Martin. "O que é metafísica". In: ___, Marcas do Caminho. Traduzido por Enio Paulo Giachini. Editora Vozes, 2008.



Não há qualquer pré-requisito para a participação no curso.

Marco Casanova é doutor em filosofia pela UFRJ/Universidade de Tübingen, Pós-doutorado – Universidade de Freiburg, Professor Adjunto do Departamento de Filosofia da UERJ, Presidente da Sociedade Brasileira de Fenomenologia, Autor de O instante extraordinário: Vida, história e valor na obra de Friedrich Nietzsche (2003), Nada a caminho: Impessoalidade, niilismo e técnica no pensamento de Martin Heidegger (2006), Compreender Heidegger (2009) e A eternidade frágil: Ensaio sobre temporalidade na arte (2013), A falta que Marx nos faz (2017), Mundo e historicidade 1 e 2: Leituras fenomenológicas de Ser e tempo – Existência e mundaneidade (2017) e Tempo e historicidade (2020), A persistência da burrice (2020), além de tradutor de um grande conjunto de obras de pensadores alemães como Martin Heidegger, Max Scheler, Friedrich Nietzsche, Wilhelm Dilthey entre outros.

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