Arte, Verdade e Psicoterapia no Pensamento de Martin Heidegger

Prof. Dr. Marco Casanova
1º Semestre de 2023
Modalidade: gravação em vídeo
Duração: 12 aulas de 1h40 cada, totalizando 24 horas/aula
O intuito primordial do presente curso é investigar em primeiro lugar o lugar da arte no pensamento heideggeriano no período posterior à viragem. Partindo antes de tudo de dois momentos específicos, quais sejam, as diversas versões do texto “A origem da obra de arte” e o opúsculo “A arte e o espaço”, nosso primeiro objetivo é explicitar as modulações da compreensão heideggeriana das relações entre arte e verdade. Em meio à análise desses dois momentos, pretendemos evidenciar antes de tudo o quanto Heidegger oscila entre uma visão histórico-epocal e uma visão fenomenológico-hermenêutica da obra de arte. Esse primeiro momento abrirá a possibilidade de pensar não apenas as ligações entre arte e acontecimento histórico, mas também entre arte e existência. Nesse campo, então, procuraremos instaurar um vínculo possível com a terapia enquanto abertura para os dilemas do existir no tempo.
Conteúdo programático:
O pensamento tardio de Heidegger: Elementos introdutórios
Acontecimento apropriador, diferença ontológica, essenciação do ser, verdade e medida histórica
O papel privilegiado da arte - Arte como modo paradigmático de constituição dos fenômenos em geral: arte e fenomenologia
A origem da obra de Arte: não um texto de estética, mas de ontologia
A falência da ontologia tradicional e a necessidade de voltar às coisas mesmas: arte como o lugar do vir-a-ser das coisas em sua estrutura de origem
O sapato da camponesa: Arte como expressão e arte como o lugar em que o mundo se faz mundo.
Mundo e terra: análise dos elementos de fenomenologização dos fenômenos em geral
Arte e acontecimento apropriador: impactos sobre uma terapia não invasiva
Uma mudança de paradigma: Do sapato da camponesa ao templo grego - arte como expressão e arte como medida
Da essência poética da linguagem e o paradigma da poesia em sua relação com o pensamento
Linguagem técnica e linguagem de tradição: pensamento calculador versus pensamento meditativo
Arte, verdade e terapia: da liberdade como forma de relação.
Referências bibliográficas:
CASANOVA, Marco. Eternidade frágil: Ensaio de temporalidade na arte. Rio de Janeiro: Editora Via Verita, 2013.
_______________. Existência e transitoriedade: Gênese, compreensão e terapia dos transtornos existenciais. Rio de Janeiro: Editora Via Verita, 2021.
HEIDEGGER, Martin. “A origem da obra de arte”. Tradução de Irene Borges Duarte. In: Caminhos da floresta, Lisboa: Kalouste Gulbenkian, 2012.
__________________. Contribuições à filosofia (Do acontecimento apropriador). Tradução de Marco Casanova. Rio de Janeiro: Editora Via Verita, 2014.
__________________. “A arte e o espaço”. (Tradução a ser disponibilizada)
Arte, Verdade e Psicoterapia no Pensamento de Martin Heidegger

Prof. Dr. Marco Casanova
1º Semestre de 2023
Modalidade: gravação em vídeo
Duração: 12 aulas de 1h40 cada, totalizando 24 horas/aula
O intuito primordial do presente curso é investigar em primeiro lugar o lugar da arte no pensamento heideggeriano no período posterior à viragem. Partindo antes de tudo de dois momentos específicos, quais sejam, as diversas versões do texto “A origem da obra de arte” e o opúsculo “A arte e o espaço”, nosso primeiro objetivo é explicitar as modulações da compreensão heideggeriana das relações entre arte e verdade. Em meio à análise desses dois momentos, pretendemos evidenciar antes de tudo o quanto Heidegger oscila entre uma visão histórico-epocal e uma visão fenomenológico-hermenêutica da obra de arte. Esse primeiro momento abrirá a possibilidade de pensar não apenas as ligações entre arte e acontecimento histórico, mas também entre arte e existência. Nesse campo, então, procuraremos instaurar um vínculo possível com a terapia enquanto abertura para os dilemas do existir no tempo.
Conteúdo programático:
O pensamento tardio de Heidegger: Elementos introdutórios
Acontecimento apropriador, diferença ontológica, essenciação do ser, verdade e medida histórica
O papel privilegiado da arte - Arte como modo paradigmático de constituição dos fenômenos em geral: arte e fenomenologia
A origem da obra de Arte: não um texto de estética, mas de ontologia
A falência da ontologia tradicional e a necessidade de voltar às coisas mesmas: arte como o lugar do vir-a-ser das coisas em sua estrutura de origem
O sapato da camponesa: Arte como expressão e arte como o lugar em que o mundo se faz mundo.
Mundo e terra: análise dos elementos de fenomenologização dos fenômenos em geral
Arte e acontecimento apropriador: impactos sobre uma terapia não invasiva
Uma mudança de paradigma: Do sapato da camponesa ao templo grego - arte como expressão e arte como medida
Da essência poética da linguagem e o paradigma da poesia em sua relação com o pensamento
Linguagem técnica e linguagem de tradição: pensamento calculador versus pensamento meditativo
Arte, verdade e terapia: da liberdade como forma de relação.
Referências bibliográficas:
CASANOVA, Marco. Eternidade frágil: Ensaio de temporalidade na arte. Rio de Janeiro: Editora Via Verita, 2013.
_______________. Existência e transitoriedade: Gênese, compreensão e terapia dos transtornos existenciais. Rio de Janeiro: Editora Via Verita, 2021.
HEIDEGGER, Martin. “A origem da obra de arte”. Tradução de Irene Borges Duarte. In: Caminhos da floresta, Lisboa: Kalouste Gulbenkian, 2012.
__________________. Contribuições à filosofia (Do acontecimento apropriador). Tradução de Marco Casanova. Rio de Janeiro: Editora Via Verita, 2014.
__________________. “A arte e o espaço”. (Tradução a ser disponibilizada)

Marco Casanova é doutor em filosofia pela UFRJ/Universidade de Tübingen, Pós-doutorado – Universidade de Freiburg, Professor Associado do Departamento de Filosofia da UERJ, Autor de O instante extraordinário: Vida, história e valor na obra de Friedrich Nietzsche (2003), Nada a caminho: Impessoalidade, niilismo e técnica no pensamento de Martin Heidegger (2006), Compreender Heidegger (2009), A eternidade frágil: Ensaio sobre temporalidade na arte (2013), A falta que Marx nos faz (2017), Mundo e historicidade I (2017) e II (2020), Tédio e tempo (2020), A persistência da Burrice (2020) e Existência e transitoriedade (2021), além de tradutor de um grande conjunto de obras de pensadores alemães como Martin Heidegger, Max Scheler, Friedrich Nietzsche, Wilhelm Dilthey entre outros.